Por Mayara Brum Lupi Magalhães
Com
o intuito de promover medidas mais assertivas capazes de agradar os clientes,
ao mesmo tempo em que sejam menos dispendiosas financeiramente, os serviços de
saúde passaram a incorporar os conceitos de gestão de qualidade na sua rotina
de atuação.
Com
isso, dentre outras medidas, as instituições instituíram sistemas de avaliação
e monitoramento frequente dos indicadores de saúde. Esse fato ocorre, uma vez
que, a qualidade é uma responsabilidade ética e social de todas as
instituições, principalmente as pertencentes ao setor da saúde.
Dentro
desse contexto, é de suma importância destacar as definições de avaliação e
monitoramento, tendo em vista que são muitos indivíduos possuem dificuldades de
diferenciá-los. Assim, a avaliação contínua dos trabalhos realizados permite as
instituições altere sua configuração, de forma a alcança as metas de qualidade
estabelecidas. Por outro lado, monitoramento está relacionado a confrontar o
desempenho alcançado com o planejado, ou seja, verificar se os últimos foram
alcançados.
Para
que o gestor seja capaz de ter uma visão da real situação do serviço, é
imprescindível que os indicadores forneçam informações objetivas e subjetivas
em relação ao seu funcionamento. Isso ocorre, uma vez que a opinião das pessoas
que fazem parte da dinâmica de um serviço, não fornece subsídio para a
identificação para a elaboração de planos de ação satisfatórios que permitem
alteração da realidade.
Diante
disso, ao evidenciar situações que não são mostradas pela apresentação isolada
de um dado, os indicadores da saúde são ferramentas que permitem a adequada
avaliação e a monitorizarão do cuidado direcionado ao cliente. Assim, é necessário
garantir a sua qualidade, que apenas é mantida pela verificação contínua da
coerência dos dados e repasse, dos mesmos, aos setores de interesse. Somente de
tal forma, os indicadores possibilitarão a identificação, análise e solução de
um problema.
Tendo
em vista que, a proposta do SUS (Sistema único de Saúde) de prestar uma
assistência integral capaz de ver o cliente dentro do seu contexto familiar e
social, a utilização de indicadores gerais restringem a realização dessa
proposta. Dessa forma, para a melhor caracterização da população adscrita é
imprescindível que indicadores de desigualdades e iniqüidades, de determinantes
da saúde, de ações entre setores, culturais, ambientais e de participação
social sejam acrescentados na avaliação e monitoração.
Logo,
a avaliação e monitoramento dos indicadores de saúde é uma das principais
ferramentas que auxiliam os gestores na tomada de decisão; Sendo, portanto, sua
implementação essencial para o fornecimento de serviços de qualidade capazes de
suprir a demanda dos clientes, ao mesmo tempo em que permite a sustentabilidade
financeira do sistema.
Referências
CRUZ, Marly Marques da.
Avaliação de Políticas e Programas de saúde: contribuições para o debate. In Mattos,
R. A.; Baptista, T. W. F. Caminhos para análise das políticas de saúde [versão
online], p.180-198, 2011. Disponível em www.ims.uerj.br/ccaps.
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REIS, Ana Cristina. Monitoramento & Avaliação como uma das funções gestoras
do Sistema Único de Saúde. In: Qualificação de Gestores do SUS p. 415-426, 2ª
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RIGHI, Angela Weber;
SCHMIDT, Alberto Souza; VENTURINI, Jonas Cardona. Qualidade em Serviços
Públicos de Saúde: Uma Avaliação da Estratégia Saúde da Família. Revista
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BERNARDO L. A.; WALDRICH O.
M. Avaliação e Monitoramento do Sistema de Saúde através de Indicadores de
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<http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/Lisiana-Aparecida-Bernado.pdf>. Acesso em 08 de
janeiro.