domingo, 21 de janeiro de 2018

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO EM SAÚDE

Por Mayara Brum Lupi Magalhães

Com o intuito de promover medidas mais assertivas capazes de agradar os clientes, ao mesmo tempo em que sejam menos dispendiosas financeiramente, os serviços de saúde passaram a incorporar os conceitos de gestão de qualidade na sua rotina de atuação.
Com isso, dentre outras medidas, as instituições instituíram sistemas de avaliação e monitoramento frequente dos indicadores de saúde. Esse fato ocorre, uma vez que, a qualidade é uma responsabilidade ética e social de todas as instituições, principalmente as pertencentes ao setor da saúde. 
Dentro desse contexto, é de suma importância destacar as definições de avaliação e monitoramento, tendo em vista que são muitos indivíduos possuem dificuldades de diferenciá-los. Assim, a avaliação contínua dos trabalhos realizados permite as instituições altere sua configuração, de forma a alcança as metas de qualidade estabelecidas. Por outro lado, monitoramento está relacionado a confrontar o desempenho alcançado com o planejado, ou seja, verificar se os últimos foram alcançados.
Para que o gestor seja capaz de ter uma visão da real situação do serviço, é imprescindível que os indicadores forneçam informações objetivas e subjetivas em relação ao seu funcionamento. Isso ocorre, uma vez que a opinião das pessoas que fazem parte da dinâmica de um serviço, não fornece subsídio para a identificação para a elaboração de planos de ação satisfatórios que permitem alteração da realidade.
Diante disso, ao evidenciar situações que não são mostradas pela apresentação isolada de um dado, os indicadores da saúde são ferramentas que permitem a adequada avaliação e a monitorizarão do cuidado direcionado ao cliente. Assim, é necessário garantir a sua qualidade, que apenas é mantida pela verificação contínua da coerência dos dados e repasse, dos mesmos, aos setores de interesse. Somente de tal forma, os indicadores possibilitarão a identificação, análise e solução de um problema.
Tendo em vista que, a proposta do SUS (Sistema único de Saúde) de prestar uma assistência integral capaz de ver o cliente dentro do seu contexto familiar e social, a utilização de indicadores gerais restringem a realização dessa proposta. Dessa forma, para a melhor caracterização da população adscrita é imprescindível que indicadores de desigualdades e iniqüidades, de determinantes da saúde, de ações entre setores, culturais, ambientais e de participação social sejam acrescentados na avaliação e monitoração.
Logo, a avaliação e monitoramento dos indicadores de saúde é uma das principais ferramentas que auxiliam os gestores na tomada de decisão; Sendo, portanto, sua implementação essencial para o fornecimento de serviços de qualidade capazes de suprir a demanda dos clientes, ao mesmo tempo em que permite a sustentabilidade financeira do sistema.


Referências

CRUZ, Marly Marques da. Avaliação de Políticas e Programas de saúde: contribuições para o debate. In Mattos, R. A.; Baptista, T. W. F. Caminhos para análise das políticas de saúde [versão online], p.180-198, 2011. Disponível em www.ims.uerj.br/ccaps.
CRUZ, Marly Marques da; REIS, Ana Cristina. Monitoramento & Avaliação como uma das funções gestoras do Sistema Único de Saúde. In: Qualificação de Gestores do SUS p. 415-426, 2ª ed. Rio de Janeiro, 2011.
RIGHI, Angela Weber; SCHMIDT, Alberto Souza; VENTURINI, Jonas Cardona. Qualidade em Serviços Públicos de Saúde: Uma Avaliação da Estratégia Saúde da Família. Revista Produção Online, v.10, nº 3, Setembro, 2010.

BERNARDO L. A.; WALDRICH O. M. Avaliação e Monitoramento do Sistema de Saúde através de Indicadores de Qualidade Lisiana Aparecida Bernardo 1 Odila Maria Waldrich. Disponível em: <http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/Lisiana-Aparecida-Bernado.pdf>. Acesso em 08 de janeiro.

LEAN HEALTHCARE

Por Paula Martins Ribeiro

O Lean Healthcare é utilizado atualmente como uma ferramenta efetiva de gestão hospitalar. Devido ao fato de os serviços hospitalares apresentarem altos custos em equipamentos, infraestrutura e recursos humanos, surgiu-se a necessidade de aplicar uma nova filosofia, a chamada filosofia Lean, para reduzir os onerários desnecessários da prestação de serviços em saúde. Dessa maneira, tal filosofia visa a produção enxuta dos serviços e, quando associada a uma gestão de qualidade e a bons níveis de acreditação hospitalar, reduz desperdícios relacionados à produção e ao Lead Time, que é o tempo necessário para cada tipo de atuação em saúde.
Podemos observar que a filosofia Lean foi implementada inicialmente no modelo de produção de carros pela empresa Toyota, no passado, com a finalidade de atender apenas as demandas do mercado, com a produção especial voltada às necessidades do cliente, objetivando flexibilidade, e redução de custos. Este modelo foi trazido para os serviços de saúde, os quais possuem a produção simultânea ao consumo, permitindo uma produção enxuta no sentido de adquirir um alto nível de satisfação dos clientes, uma alta produtividade, uma ótima confiança dos clientes, com rápida solução de problemas e flexibilidade em relação aos múltiplos perfis de pacientes e seus respectivos acometimentos em saúde.
Vemos ainda que esta filosofia é funcional na medida em que determina o segmento de alguns princípios. Entre eles, podemos destacar a determinação dos valores para o cliente, ou seja, o quanto um paciente está disposto a pagar pelos serviços oferecidos, de acordo com suas prioridades; a identificação dos fluxos de valores do processo de trabalho, que dizem respeito a agregação ou não de valores para o paciente; a implantação de fluxos contínuos de produção, que visam a redução de pausas, estoques, filas de espera e outros fatores que oneram o sistema; a produção puxada, que consiste na produção de apenas o que será consumido pelo paciente; a melhoria contínua da produção dos serviços, com o constante aperfeiçoamento dos profissionais e da gestão que os envolve; e a gestão voltada para pacientes internos do hospital, adequando-se às necessidades individuais de cada demanda.
Ainda sobre os fluxos de valores do trabalho médico, podemos classificar as atividades em Atividades que Agregam Valor, as quais trazem amplos benefícios aos clientes; Atividades Necessárias que Não Agregam Valor, que são alguns procedimentos técnicos que não trazem vantagens efetivas aos pacientes, mas que são necessárias para o processo de trabalho, tais como os documentos burocráticos e o preenchimento de prontuários e formulários; e as Atividade que Não Agregam Valor, que são atividades dispendiosas, que deverão ser reduzidas e se possível eliminadas do processo de trabalho em saúde, tais como atrasos na entrega de laudos, filas de espera para cirurgias e exames, entre outros problemas hospitalares.
Dessa maneira, o Lean Healthcare visa a melhoria de todas as etapas em que se dá a produção dos serviços de saúde, buscando a redução constante de desperdícios, otimizando o tempo e eliminando processos dispendiosos que acabam por reduzir os níveis de acreditação hospitalar. Além disso, essa filosofia é voltada para uma gestão de custos mais proveitosa para a empresa, bem como para o oferecimento de um serviço mais fluente e acordado às necessidades individuais de cada paciente.
Vemos, na prática, que muitos hospitais buscam se adequar à esta situação ideal de produção de serviços em nível terciário. No entanto, muitas barreiras como a superprodução, defeitos de produção e de fluxo dos serviços, inventários desnecessários, processamentos inapropriados, transportes e movimentações excessivos e filas de espera ainda consistem em problemas a serem reduzidos. 


Diário de Campo referente à aula sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da disciplina de gestão que ocorreu na Unifal em Alfenas - MG

Por Mayara Brum Lupi Magalhães         No dia xx/xx/xxxx às 13h: 30min a turma se reuniu para uma aula ministrada pela professora Mar...