quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Diário de Campo referente à aula sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da disciplina de gestão que ocorreu na Unifal em Alfenas - MG

Por Mayara Brum Lupi Magalhães


        No dia xx/xx/xxxx às 13h: 30min a turma se reuniu para uma aula ministrada pela professora Maria Regina sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Inicialmente a professora Maria Regina apontou que em julho de 2011 o Ministério da Saúde (MS) publicou uma portaria reformulando a política nacional de atenção a urgência e emergência implementada em 2003, que permitiu a criação da rede de atenção as urgências e emergências no SUS (Sistema Único de Saúde).
O principal componente dessa rede é o SAMU, a instituição possui como prerrogativa atender o paciente certo no local e no tempo mais adequado para a situação clínica com o menor risco de mortalidade. Assim, para alcançar tais premissas todos os atendimentos seguem um protocolo e contam como uma rede de comunicação que permitem uma atuação rápida e eficiente.
Diante do exposto, é importante descrever o fluxo que a informação segue dentro da rede de comunicação.  Assim, ao ligar para o número 192 o paciente é atendido por TARMS, atendentes aos quais informa o nome, número de vítimas e a localização do evento. Em seguida, a ligação é repassada para o médico regulador que procura formular hipóteses diagnósticas e efetuar a classificação do risco dos envolvidos com o intuito de agilizar o encaminhamento. Posteriormente, o operador de frota aciona a viatura mais próxima do local e mais adequada para o atendimento. No entanto, apesar de o fluxo de informações serem eficiente e rápido o transita torna o tempo de resposta maior que o desejado em muitos casos.
Outro componente da rede de atenção as urgências e emergências é o corpo de bombeiros, instituição que visa à execução de ações de defesa civil, prevenção e combate a incêndio, pericias de incêndio, busca e salvamento e estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra incêndio ou qualquer tipo de catástrofe, contribuindo para o desenvolvimento do Estado. Apesar de terem atuações diferentes, a população possui dificuldade em distinguir as situações que são de competência do corpo de bombeiros e do SAMU.
Considerando as informações acima, vale destacar que o SAMU deve ser acionado em casos de dores no peito de aparecimento súbito, em situações tóxicas ou envenenamento, queimaduras graves, trabalho de parto com risco de morte da mãe ou do feto, queda acidental, crises convulsivas, acidentes de transito com atropelamento, traumas (tórax, abdômen, crânios e fraturas), perda de consciência (desmaio) e sangramentos/hemorragias.
Dentre os papéis desenvolvidos pelo SAMU, podemos apontar a sua atuação como elo entre a governança do comitê gestor e o usuário, como ponto de atenção resolutivo e componente logístico potente capaz de interligar os pontos de atenção. Além de atuar como ponto de classificação, gestão de risco e de apoio operacional.
O SAMU possui uma estrutura física regionalizada, contando com uma única central reguladora e diversas bases presentes em algumas cidades pertencentes à região atendida. Ademais, possuem vários tipos de ambulância com recursos humanos e materiais adequados para situações de gravidade específica. Diante disso, podemos citar as ambulâncias de suporte básico de vida (SBV), suporte avançado de vida (SAV), de resgate, motolância e ambulancha. 
É importante destacar que o SAMU tem como público alvo os casos classificados como emergentes (vermelho), muito urgente (laranja) e urgente (amarelo) pelo Protocolo de Manchester. Em Minas Gerais a instituição está presente nas regiões norte, nordeste, vale do Jequitinhonha, centro sul, sudeste e centro, sendo que a unidade que atende a região sul possui 9 ambulâncias de SAV e aproximadamente 30 de SBV.
Atualmente os principais desafios enfrentados pelo SAMU são a incorporação da política em rede, a utilização de metodologias de avaliação e indicadores de monitoramento inadequado para os componentes da rede de atenção a urgência (RAU), desempenho inadequado da atenção primária como porta de entrada e integração incipiente entre o SUS fácil e RAU.
Por fim, é importante destacar que dentre os indicadores de qualidade usados nas avaliações dos serviços prestados pelo SAMU podemos destacar os de processo e de qualidade da estrutura. O primeiro leva em consideração adesão ao serviço, acolhimento e humanização, tempo de resposta, privacidade ao usuário, orientação sobre o atendimento, relacionamento entre o profissional e o usuário reclamações e articulação multiprofissional. Porém, o segundo avalia estado de conservação das ambulâncias, estrutura física geral, conforto dentro da ambulância, disponibilidade de recursos materiais e segurança do paciente.


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Diário de Campo referente à aula sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da disciplina de gestão que ocorreu na Unifal em Alfenas - MG

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