Por Gustavo da Silva Bataglia
A busca por uma gestão de qualidade em saúde e,
consequentemente, pela acreditação hospitalar tem sido o foco da maioria dos
hospitais do Brasil e também do mundo todo, principalmente entre as instituições
privadas, porém também tem crescido o interesse das instituições públicas por
essa área. A partir disso, podemos reconhecer a importância da gestão de
qualidade em saúde em vista da melhor relação custo-benefício para a
instituição prestadora do serviço e também para os pacientes.
De certo modo, a gestão de qualidade em saúde se faz como um
meio para alcançar a acreditação hospitalar, e também como uma forma de
sustentação da acreditação hospitalar pela instituição, que deve ser avaliada
continuamente. Portanto, a gestão da qualidade em saúde está diretamente
relacionada com a capacidade da instituição em sustentar as melhores práticas
na gestão assistencial e administrativa.
A importância da gestão de qualidade em saúde pode se
justificar pelo fato de que com os avanços alcançados na área da saúde, os
custo para as instituições manterem-se com uma assistência qualificada e com
capacidade de investir e ampliar o seu mercado aumentaram consideravelmente.
Dessa forma, é preciso que todos os profissionais da instituição, sejam eles
administrativos ou assistenciais, estejam envolvidos no processo de gestão de
qualidade e dispostos a discutirem os processos executados, as posturas e
expectativas, para buscarem o melhor custo-benefício para cada processo de
prestação de serviço, como foco na padronização e melhoria contínua dos
processos de trabalho na prestação de serviço aos clientes.
Sendo assim, é fato que a acreditação hospitalar está
intimamente ligada ao processo de gestão da qualidade em saúde, de modo que as
instituições que optam por passar por um processo de acreditação alcançam maior
êxito na gestão da qualidade em saúde. Dentro desse tema, vários artigos têm
buscado relacionar vantagens e dificuldades(Figura 1) a respeito da acreditação
hospitalar a partir da visão dos gestores e também dos profissionais de saúde
ligados mais diretamente a prestação dos serviços.
De acordo com a opinião dos gestores, "[...] as
vantagens advindas da Acreditação hospitalar se relacionam com a melhoria da qualidade
do gerenciamento e também, da assistência ao usuário"(CAMPOS DE OLIVEIRA, 2016). Dentre
as principais vantagens citadas pelos profissionais temos: a facilitação do
processo de gerenciamento, maior padronização e mapeamento dos processos,
melhoria contínua do processo de trabalho, minimização dos erros e também melhor
enfrentamento de acontecimentos adversos inerentes do atendimento assistencial
a pacientes com a s mais variadas demandas.
Contudo, a manutenção contínua da gestão da qualidade em saúde
é um processo que demanda empenho de todos envolvidos com a instituição, pois
devem ser seguidos protocolos e melhorados quando necessários, dependendo
muitas vezes da autodisciplina dos profissionais. Desse forma, alguns artigos também
têm abordado aspectos relacionados à dificuldade da obtenção e da manutenção da
acreditação hospitalar, com destaque para a dificuldade em quebrar paradigmas
dos profissionais, sendo que esse aspecto envolve uma mudança de hábitos e de
cultura, e além disso os gestores destacam como dificuldade a alta rotatividade
dos profissionais da área da saúde, pois isso impacta na organização e
padronização dos processos de trabalho e da assistência ao paciente, demandando
maior trabalho por parte dos gestores para implementar melhorias contínuas e
promover a mudança de hábitos de cada profissional.
Referências:
- Gestão de qualidade: garantia de acreditação hospitalar.
Disponível em: <http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-qualidade--garantia-de-acreditacao-hospitalar>.
Acesso em 09/12/2017.
- CAMPOS DE
OLIVEIRA, João Lucas; MISUE MATSUDA, Laura. Vantagens e dificuldades da
acreditação hospitalar: A voz dos gestores da qualidade. Escola Anna
Nery Revista de Enfermagem, v. 20, n. 1, 2016.
- BONATO, Vera Lucia. Gestão de qualidade em saúde:
melhorando assistência ao cliente. Mundo Saúde. São Paulo (SP), v.
35, n. 5, p. 319-31, 2011.
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