domingo, 10 de dezembro de 2017

PLANEJAMENTO E PRINCÍPIOS DE QUALIDADE APLICADOS AOS SISTEMAS DE SAÚDE

Por Letícia Mendes de Lima

Para que qualquer instituição atinja suas metas e preste serviços de qualidade é fundamental que seus líderes façam um planejamento e que seus colaboradores executem suas atividades de forma sincronizada. Nos serviços de saúde isso não é diferente, é essencial que as equipes elaborem um planejamento a curto e a longo prazo levando em consideração os valores que norteiam aquele serviço, sua missão, que seria seu compromisso dentro da rede de atenção à saúde e sua visão, que indica onde aquele serviço quer chegar.
Para atingir determinados padrões de qualidade é essencial que os serviços façam a gestão da qualidade, melhorando o seu desempenho. Na gestão de qualidade em saúde podem ser utilizadas algumas ferramentas descritas a seguir:

1.    Folha de verificação: é utilizada para coletar dados e permite tomar decisões baseadas em fatos. Ex.:



2.    Diagrama de Pareto: Ressalta a ordem de importância dos problemas ou de suas causas, permitindo priorizá-los.  



FONTE: Blog Gestão de Segurança Privada

3.    Diagrama de causa e efeito: possibilita identificar as possíveis causas de um determinado problema ou efeito.



FONTE: Marketing futuro

4.    Matriz GUT: G (gravidade); U (urgência) e T (tendência). Utilizada para priorizar problemas a serem tratados.


FONTE: Artsoft sistemas

5.    Matriz SWOT ou FOFA: utilizada para entender o ambiente no qual uma organização está inserida e planejar o seu futuro.


FONTE: Treasy – Planejamento e controladoria

6.    5W3H: elimina por completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo.


  
FONTE: Ishikawa nursenavi
When – Quando; Where – Onde; Who – Quem; What – O Que; Why – Por que; How Much – Quanto; How – Como; How Many – Quantos.

7.    5S: Ajuda o serviço a criar a cultura da disciplina, reduzindo o desperdício de recursos e espaço.



FONTE: Engetref

8.    PDCA: visa controlar e melhorar os processos de forma contínua.


FONTE: Portal Administração

9.    BSC (Balanced Scorecard): permite avaliar a performance do serviço.




Fonte: Portal Administração


Referências:

https://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/diagrama-ou-grafico-de-pareto-conceito/
http://marketingfuturo.com/diagrama-de-causa-e-efeito-ou-diagrama-espinha-de-peixe/
http://www.artsoftsistemas.com.br/blog/matriz-g-u-t
http://www.portal-administracao.com/2014/08/ciclo-pdca-conceito-e-aplicacao.html
https://www.engetref.com.br/5s/5s-diagrama-2/
https://ishikawa-nursenavi.com/contents/nurse/hrs.html

https://www.treasy.com.br/blog/matriz-swot-analise-swot-matriz-fofa

GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR

Por Gustavo da Silva Bataglia

         A busca por uma gestão de qualidade em saúde e, consequentemente, pela acreditação hospitalar tem sido o foco da maioria dos hospitais do Brasil e também do mundo todo, principalmente entre as instituições privadas, porém também tem crescido o interesse das instituições públicas por essa área. A partir disso, podemos reconhecer a importância da gestão de qualidade em saúde em vista da melhor relação custo-benefício para a instituição prestadora do serviço e também para os pacientes.
         De certo modo, a gestão de qualidade em saúde se faz como um meio para alcançar a acreditação hospitalar, e também como uma forma de sustentação da acreditação hospitalar pela instituição, que deve ser avaliada continuamente. Portanto, a gestão da qualidade em saúde está diretamente relacionada com a capacidade da instituição em sustentar as melhores práticas na gestão assistencial e administrativa.
         A importância da gestão de qualidade em saúde pode se justificar pelo fato de que com os avanços alcançados na área da saúde, os custo para as instituições manterem-se com uma assistência qualificada e com capacidade de investir e ampliar o seu mercado aumentaram consideravelmente. Dessa forma, é preciso que todos os profissionais da instituição, sejam eles administrativos ou assistenciais, estejam envolvidos no processo de gestão de qualidade e dispostos a discutirem os processos executados, as posturas e expectativas, para buscarem o melhor custo-benefício para cada processo de prestação de serviço, como foco na padronização e melhoria contínua dos processos de trabalho na prestação de serviço aos clientes.
         Sendo assim, é fato que a acreditação hospitalar está intimamente ligada ao processo de gestão da qualidade em saúde, de modo que as instituições que optam por passar por um processo de acreditação alcançam maior êxito na gestão da qualidade em saúde. Dentro desse tema, vários artigos têm buscado relacionar vantagens e dificuldades(Figura 1) a respeito da acreditação hospitalar a partir da visão dos gestores e também dos profissionais de saúde ligados mais diretamente a prestação dos serviços.


         De acordo com a opinião dos gestores, "[...] as vantagens advindas da Acreditação hospitalar se relacionam com a melhoria da qualidade do gerenciamento e também, da assistência ao usuário"(CAMPOS DE OLIVEIRA, 2016). Dentre as principais vantagens citadas pelos profissionais temos: a facilitação do processo de gerenciamento, maior padronização e mapeamento dos processos, melhoria contínua do processo de trabalho, minimização dos erros e também melhor enfrentamento de acontecimentos adversos inerentes do atendimento assistencial a pacientes com a s mais variadas demandas.
         Contudo, a manutenção contínua da gestão da qualidade em saúde é um processo que demanda empenho de todos envolvidos com a instituição, pois devem ser seguidos protocolos e melhorados quando necessários, dependendo muitas vezes da autodisciplina dos profissionais. Desse forma, alguns artigos também têm abordado aspectos relacionados à dificuldade da obtenção e da manutenção da acreditação hospitalar, com destaque para a dificuldade em quebrar paradigmas dos profissionais, sendo que esse aspecto envolve uma mudança de hábitos e de cultura, e além disso os gestores destacam como dificuldade a alta rotatividade dos profissionais da área da saúde, pois isso impacta na organização e padronização dos processos de trabalho e da assistência ao paciente, demandando maior trabalho por parte dos gestores para implementar melhorias contínuas e promover a mudança de hábitos de cada profissional.


Referências:

         - Gestão de qualidade: garantia de acreditação hospitalar. Disponível em: <http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-qualidade--garantia-de-acreditacao-hospitalar>. Acesso em 09/12/2017.
         - CAMPOS DE OLIVEIRA, João Lucas; MISUE MATSUDA, Laura. Vantagens e dificuldades da acreditação hospitalar: A voz dos gestores da qualidade. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 20, n. 1, 2016.
         - BONATO, Vera Lucia. Gestão de qualidade em saúde: melhorando assistência ao cliente. Mundo Saúde. São Paulo (SP), v. 35, n. 5, p. 319-31, 2011.


PLANEJAMENTO EM SAÚDE

Por Lithany do Monte Carmello

         No post anterior falamos sobre o porquê de se planejar, neste vamos falar sobre como fazer isso num sistema de saúde, dando enfoque para a gestão do SUS.
         Um dos maiores desafios de um gestor em saúde é fazer com que seu trabalho contribua para melhorar a saúde de toda sua área de abrangência, além de agregar mais equipes e fortalecer seu trabalho. Para isso é necessário um grande envolvimento com todos aqueles indivíduos que tem papel ativo dentreo desse processo, o que causa o primeiro impacto negativo para este trabalho, já que demanda trabalhar conjuntamente com muitas pessoas, sendo que nem todas tem o aparato necessário para auxiliar, apesar de ter boas ideias. Dessa maneira precisa-se selecionar aquelas pessoas com maior indicação para o trabalho, além de se certificar que todas as áreas tem pelo menos um representante, fazendo com que seja possível ouvir as queixas de todos os setores.
         Após colher as informações sobre a situação da saúde no território deve-se realizar uma análise minuciosa dos problemas e das necessidades para que seja possível determinar meios para solucioná-los. Para isso é importante não esquecer de alguns pontos:


        No caso de sistemas de saúde o Plano de ações é substituído pelo Plano de saúde, o qual precisa ser efetivo e retratar a real situação de saúde da população dos territórios, mostrar a capacidade instalada dos serviços e espelhar  a situação da força de trabalho em saúde e dos processos relacionados a ela.
         Para auxiliar no processo de planejamento em saúde foi desenvolvido o método PES (Planejamento Estratégico Situacional) pelo Professor Carlos Matus. Ele propõe a formação de técnicos políticos capazes de viabilizar o exercício de algum cargo no governo e, conjuntamente, planejar intervenções inteligentes sobre os fatos sociais e para isso traz 3 aspectos: o projeto de governo, plano que uma equipe se propõe a realizar com a finalidade de alcançar seus objetivos; a governabilidade, que são as variáveis ou os recursos que a equipe controla ou não e que são necessários para implementar seu plano; e a capacidade de governo, que nada mais é que a experiência e a acumulação de conhecimentos que uma equipe domina e que são necessários para a implementação de seu plano.



         A análise do equilíbrio entre os três vértices do triangulo permite avaliar quais pontos precisam de mais atenção e mais estruturação, fazendo com que o planejamento seja realizado com maior clareza e consciência dos problemas que o sistema apresenta. É importante traçar metas que estejam dentro da capacidade de resolução do gestor e sua equipe, levando em conta seus recursos físicos e financeiros.



         É importante lembrar que em todas as fases deve haver uma análise de como o processo está andando e, se necessário, realizar modificações no projeto inicial.


Referencias:

https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/100

POR QUE PLANEJAR?

         Por Lithany do Monte Carmello

Antes de tratarmos sobre porque avaliar as ações em saúde vamos entender sua importância, pois não podemos colocar algo em pratica se não sabemos qual a sua finalidade ou mesmo se realmente funciona para todas as realidades e não apenas para um hospital 5 estrelas de uma capital importante.
         Planejar é importante pois permite que novas oportunidades ou mesmo mudanças sejam observadas, discutidas e implementadas aos poucos para que não haja uma quebra abrupta na organização do sistema que antes geria o local; é preciso de tempo para as pessoas se acostumarem com novas ideias, novos procedimentos. Ou mesmo permite que os recursos locais sejam destinados corretamente, sendo possível observar se há gastos inúteis ou mesmo se algum setor está tampando o sol com uma peneira, por precisar dispor de mais recursos do que realmente tem disponível.
         Para realizar toda essa preparação é necessária toda uma análise da gestão e há três tipos de planejamento que devem ser aplicados nesse processo: estratégico, tático e operacional.



         O planejamento estratégico é o início de todo o processo, é nessa etapa que definimos as estratégias, de maneira pouco detalhista pois visa um prazo longo, mas sendo necessária uma visão do todo, ou seja, de todo o sistema que será gerido e não apenas de um setor ou dois; deve-se levar em consideração todos os fatores internos e externos ao serviço de saúde que podem interferir no encaminhamento do planejamento. Após isso precisa definir as metas e objetivos a serem alcançados.
         O passo seguinte é o planejamento tático, o qual traz o foco para o médio prazo, mas mantém algumas características da etapa anterior, como uma visão holística. Aqui há separação de áreas e setores, com o detalhamento de quais as necessidades de cada um para que os objetivos sejam alcançados priorizando as ações que são mais aplicáveis.
         Já o planejamento operacional traz os planos a curto prazo e define quais os processos e métodos que serão usados durante todo o processo, por isso requer um alto nível de detalhamento, trazendo inclusive quais pessoas terão quais funções e como essas funções serão coordenadas entre si. Para manter tudo bem descrito normalmente há a produção de um plano de ações e cronograma, o que facilita checar se o planejamento deu certo ou se precisa haver alguns ajustes.


Referências

https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-estrategico-tatico-e-operacional

http://www.jrmcoaching.com.br/blog/quais-os-tipos-de-planejamento-em-uma-organizacao/

Diário de Campo referente à aula sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da disciplina de gestão que ocorreu na Unifal em Alfenas - MG

Por Mayara Brum Lupi Magalhães         No dia xx/xx/xxxx às 13h: 30min a turma se reuniu para uma aula ministrada pela professora Mar...